O Conselho de Segurança da ONU chegou a um acordo nesta quarta-feira (21) para adotar uma declaração sobre aSíria baseando-se na mediação do emissário internacional Kofi Annan, informaram fontes diplomáticas.
Os países membros tinham até as 9 horas (10h de Brasília) para apresentar suas objeções o projeto de texto apresentado pela França e nenhum se manifestou. A adoção formal dessa declaração deve acontecer ainda durante esta manhã.
O acordo, que inclui Rússia e China, países que vinham relutando em apoiar ações contra o regime de Bashar al Assad, concordou com uma declaração sobre a Síria que apoia a proposta do enviado especial da entidade e da Liga Árabe, Kofi Annan, para acabar com a violência que já deixou o país à beira de uma guerra civil, disseram diplomatas.
A declaração também ameaça a Síria com “mais medidas” se não cumprir com a proposta de paz de seis pontos de Annan que exige um cessar-fogo, o diálogo político entre governo e oposição e acesso total para as agências de ajuda.
Repercussões
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse nesta quarta-feira (21) que a crise síria está cada vez mais alarmante e já teve “enormes repercussões” para o mundo, enquanto intensos combates eram travados em Damasco, a capital.
“Não sabemos como os fatos vão se desenrolar. Mas sabemos que todos temos a responsabilidade de trabalhar por uma resolução para essa crise profunda e extremamente perigosa”, disse Ban em discurso na Indonésia.