Após as forças de segurança ocuparem a favela da Rocinha, na zona sul do Rio, 13 armas –12 fuzis e uma metralhadora– foram apreendidas neste domingo. Um homem foi preso.
A ocupação da Rocinha e do Vidigal ocorreu durante a madrugada e não houve confronto. A situação é tranquila nas comunidades.
Veja galeria de imagens da ocupação
Polícia vasculha casa de luxo de traficante
Helicóptero da polícia lança panfleto pedindo denúncia
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Por telefone, Cabral agradece Dilma por apoio
A Polícia Militar deve permanecer na Rocinha até a instalação de uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) –a 19ª do Rio. A favela é uma das maiores do Rio, e sua pacificação é considerada chave para a política de segurança da gestão de Sérgio Cabral (PMDB).
As armas apreendidas na favela foram encontradas Bope (Policiais do Batalhão de Operações Especiais) e estavam enterradas na mata, no alto da comunidade. Uma granada também foi apreendida.
Marcelo Sayo/Efe | ||
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Blindado circula pelas ruas da Rocinha após ocupação da favela pelas forças de segurança |
PRISÃO
Um suposto traficante, identificado por Igor, foi preso durante a operação de ocupação da Rocinha na madrugada deste domingo. Igor, 29, era foragido da polícia e foi preso nas proximidades da escola de samba da Rocinha.
Segundo a polícia, Igor estava visivelmente drogado. Ele foi preso saindo da Rocinha por um dos principais acessos em uma moto, conduzida por um homem. Ele seria levado para o hospital de campanha da comunidade.
O rapaz foi atendido na ambulância do Corpo de Bombeiros e encaminhado para a 14ª DP (Leblon), onde foi constatado que ele estava foragido desde 2004 do sistema penitenciário.
AGRADECIMENTO
Os acessos à Rocinha foram bloqueados por volta das 2h30, e a polícia começou a ocupar a favela por volta das 4h. O chefe do Estado Maior da Polícia Militar do Rio, coronel Pinheiro Neto, afirmou que foram ocupadas as favelas da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu. Segundo ele, a situação estava sob domínio da polícia às 6h. Não houve disparos de tiros.
Cabral ligou para a presidente Dilma Rousseff na manhã deste domingo para agradecer o apoio federal na ocupação da favela da Rocinha, na zona sul do Rio.
O governo disponibilizou 160 policiais federais, 194 fuzileiros navais, 46 policiais rodoviários federais, além de 18 blindados da Marinha.
Marcelo Sayo/Efe | ||
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Blindado circula pelas ruas da Rocinha após ocupação da favela pelas forças de segurança |
NEM
Na quarta-feira passada, foi preso Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, 35, apontado como chefe do tráfico na Rocinha.
O governo quer saber quem seriam os policiais que, segundo Nem disse em depoimento informal à Polícia Federal, recebiam propina de cerca de R$ 500 mil por mês.
“Espero que essa pessoa revele o que ela sabe tanto em relação a desvios de conduta de agentes públicos, quanto na arquitetura do tráfico”, disse o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.
O traficante disse que faturava, em média, R$ 1 milhão por mês com o tráfico e que metade era distribuída para policiais. Ele não deu nomes.
Com a Folha.com