A Justiça chilena ordenou que o juiz Mario Carroza, encarregado da investigação sobre as causas da morte do ex-presidente Salvador Allende (1970-1973), interrogue pela terceira vez o ex-general da Força Aérea chilena (Fach) Mário Lopez Tobar.
O objetivo é fazer ele entregar os nomes dos demais pilotos que atacaram a sede do governo do país, o Palácio de La Moneda, e a casa do ex-mandatário, em 11 de setembro de 1973 –data do golpe de Estado que instaurou a ditadura no país (1973-1990) sob o comando de Augusto Pinochet.
Associated Press | ||
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O ex-presidente chileno Salvador Allende (1970-1973) cumprimenta seus apoiadores, em imagem de 1971 |
A medida foi aceita, em última instância, após Carroza negar a solicitação do advogado do Movimento Socialista Allendista, Roberto Avila, segundo quem o bombardeio à sede de governo constituiu uma tentativa frustrada de homicídio, independentemente das circunstâncias em que o presidente Allende acabou morrendo.
Tobar, que chefiou a esquadrilha que atacou o La Moneda, já foi interrogado por Carroza em duas outras ocasiões anteriores e nas duas vezes manteve-se calado quando foi questionado sobre seus parceiros.
Carroza também cuida das investigações das mortes do poeta chileno Pablo Neruda e do general Alberto Bachelet, pai da ex-presidente Michelle (2006-2010), ambas ocorridas durante a ditadura.
DA ANSA, EM SANTIAGO DO CHILE