A oposição síria felicitou neste domingo a decisão da Liga Árabe de suspender a participação da Síria, numa decisão que despertou a ira dos partidários do presidente Bashar al Assad, que atacaram várias embaixadas em protesto.
Segundo a ONU, a repressão matou mais de 3.500 pessoas na Síria desde o início da revolta, em meados de março.
O secretário-geral do bloco árabe, Nabil al Arabi, em visita a Trípoli, disse que a instituição estava estudando “o estabelecimento de um mecanismo para proteger os civis na Síria”, mas não especificou quais seriam esses mecanismos.
Além disso, a Síria pediu a convocação de uma cúpula árabe urgente para “resolver a crise” que afeta o país desde meados de março.
Uma reunião extraordinária de chanceleres da Liga Árabe acontecerá no dia 16 de novembro, em Rabat, disse neste domingo o porta-voz do ministério argelino dos Negócios Estrangeiros, Amar Belani.
“Decidimos realizar uma reunião de chanceleres da Liga Árabe em 16 de Novembro, em Rabat, sobre a Síria, disse Belani.
REAÇÃO DO REGIME
O governo sírio enviou um comunicado oficial para os países árabes para que estes enviem seus ministros para observar pessoalmente a situação e monitorar a implementação do plano de saída da crise proposto pela Liga Árabe.
Durante a noite de sábado, centenas de manifestantes atacaram as embaixadas da Arábia Saudita, Qatar e Turquia em Damasco, além de missões diplomáticas francesas estabelecidas em Latakia (noroeste) e Alepo (norte), provocando protestos desses países.
A Turquia decidiu evacuar as famílias dos seus diplomatas e de funcionários.
De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), com sede em Londres, ativistas pró-democracia também tentaram organizar manifestações, mas foram reprimidos pelas forças de segurança, que deixaram seis mortos em Hama (centro) e outros tantos em Deir Ezzor (leste).
Além disso, as forças do regime mataram quatro civis no domingo, três em Homs (centro), e um na região Idleb (noroeste), enquanto dois agentes de segurança foram mortos em Homs, de acordo com a OSDH.
DA FRANCE PRESSE, EM DAMASCO