Investidores que pagaram ágios altíssimos para os aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília acreditam que conseguirão incrementar as receitas comerciais explorando áreas que a Infraero ignora ou está impossibilitada de atuar por questões legais, informa reportagem de Mariana Barbosa e Agnaldo Brito publicada na Folha desta quinta-feira.
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Com 7,6 milhões de passageiros, Viracopos obteve apenas R$ 500 mil com a veiculação de propaganda no terminal. Carlo Bottarelli, presidente da Triunfo Participações, sócia do consórcio que arrematou o aeroporto de Campinas, prevê quadruplicar essa receita no primeiro ano, podendo chegar a R$ 5,2 milhões dentro de três anos.
Outra importante fonte de receita são os estacionamentos. Fonte mais rentável de receita comercial de aeroportos em todo o mundo, os estacionamentos deverão ser operados diretamente pelo concessionário privado. Por lei, a Infraero não pode operar estacionamentos, sendo obrigada a terceirizar.
As empresas também pretendem ampliar as áreas de consumo pós-embarque, quando o passageiro já ultrapassou os controles de segurança. A prática é comum lá fora, enquanto no Brasil o maior volume de lojas está na área anterior ao embarque.
As empresas também têm planos para a construção de hotéis e outras facilidades no entorno dos aeroportos.
Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress | ||
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Com a Folha.com